sábado, 17 de julho de 2010

Aluno morto por bala "perdida"

Apenas mais um na estatística de violência do Rio de Janeiro, mais uma vitima de bala perdida. Creio que nem devemos chamar assim, porque estas balas têm destino certo, as armas são apontadas em direção a escolas a favelas ou ônibus etc...lugares onde se acha que pode se fazer abordagens policiais para prender traficantes de forma arbitrária sem se importar que  neste locais existem pessoas trabalhadoras, crianças, mulheres grávidas, idosos, enfim gente que merece viver e ser feliz  e que merece respeito.

Ao  que parece o tal “aparelho de “segurança do estado” é composto de indivíduos que são treinados para pensar que moradores de favelas não são pessoas, e portanto, se morrerem...melhor assim, tem tantos pobres né? Gente feia que vive em lugares feios, ou que são todos  suspeitos, por serem pobres e em sua maioria negros.

Uma pergunta que não quer calar, onde vão esconder este povo todo quando chegar a copa de futebol do Brasil? Vão ter canhões apontados para as favelas como na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em 1992 ou terá o policiamento ostensivo nos morros quando da vinda do Papa em 1997? Afinal vão chegar ao Brasil, e principalmente ao Rio de Janeiro, muitos estrangeiros vindos de várias partes do mundo.

Se tivéssemos uma política habitacional séria neste país, que não forçasse as pessoas a  irem para as favelas viver a mercê dos mandos dos traficantes ou até mesmo das chamadas "milicias", se  o aparelho de segurança do Estado fosse realmente de segurança, com estratégias inteligentes de combate ao tráfico, se a formação dos policiais fosse pautada pelo respeito aos Direitos Humanos e não resquícios da ditadura que empestou  este país por 20 anos, ou simplesmente se as pessoas que tem o poder de modificar tal estado de coisas, olhassem a população como iguais, assim como propaga a Declaração Universal dos Direitos Humanos, com certeza as ações políticas, sociais e  econômicas estariam voltadas para  a construção de uma sociedade mais justa igualitária com a qual muitos de nós sonhamos.
Salete

Nenhum comentário:

Postar um comentário