Aconteceu ontem, em São Paulo, uma Audiência pública convocada pelo Deputado Estadual Carlos Giannazi sobre a ocupação do Pinheirinho. A Audiência já estava marcada antes da violenta desocupação do local e fazia parte de diversas ações dos deputados envolvidos na defesa do povo do Pinheirinho no sentido de negociar com a massa falida do corrupto Naji Nahas (o terreno era dele) e recorrer às diversas instâncias da Justiça para garantir a defesa daquelas pessoas e de suas casas.
Um grupo grande de moradores do Pinheirinho foram até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) acompanhar a audiência e denunciar as atrocidades que haviam sido perpetuadas pela Guarda Civil Metropolitana de São José dos Campos, pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, pelos assistentes sociais que os receberam após a desocupação, entre outros.
Os primeiros a ocuparem a tribuna foram Fonte: Para saber mais
justamente os moradores de Pinheirinho. Cerca de 10 moradores contaram o que vem acontecendo com eles desde as 6h00 da manhã do dia 22 de janeiro de 2012. A violência dos policiais ao chegarem com armas (letais) em punho em cada casa, forçando as famílias a saírem das suas casas, as bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha no suposto abrigo, a violência física com mulheres grávidas, crianças e idosos, a oferta de passagens para suas cidades de origem por parte dos assistentes sociais. No dia seguinte, o impedimento para buscarem seus móveis e eletrodomésticos e a destruição de centenas de casas com tudo dentro. Tudo que as diversas famílias tinham levado anos para comprar. Outra séria denúncia era referente a situação dos alojamentos, sujos, sem higiene e a entrega de comida estragada para as pessoas.
Além das falas dos moradores, a defensoria pública de São José dos Campos, o Ministério Público, o Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), vereadores de São José que apoiam a população do Pinheirinho, Sindicatos, Centrais Sindicais, diversos Movimentos Populares, Centros de Defesa da Criança e do Adolescente e muitas outras entidades prestaram sua solidariedade e expressaram sua indignação, contando o que tinham testemunhado no Pinheirinho.
O Ministério Público já abriu um processo de investigação e vai utilizar os depoimentos dados pelos moradores durante a audiência. Esse é um passo importante para que essa ação truculenta não seja simplesmente esquecida pelas autoridades!
Todos os presentes reivindicaram a responsabilização do Governador Geraldo Alckmin (comandante da PM de São Paulo) e do Prefeito Eduardo Cury (ambos do PSDB) pelas atrocidades ocorridas. A luta agora continua, para garantir a desapropriação do terreno para fins sociais e garantir que as casas das pessoas de lá sejam reconstruídas na mesma área!
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