Neste dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher como lembrança do ocorrido em 1857 em uma fábrica de tecidos onde as operarias fizeram uma grande greve reivindicando melhores condições de trabalho.
Esta reivindicação foi reprimida com violência pois aproximadamente 130 funcionárias morreram carbonizadas após serem trancadas na fabrica que foi incendiada criminosamente.
Em 1910 na Dinamarca em uma conferência ficou instituído que este ocorrido seria lembrado como o Dia Internacional da Mulher, e somente no ano de 1975 a ONU (Organização das Nações Unidas), oficializou o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
Esta data não foi criada apenas para lembrar do fatídico dia em que ocorreu a tragédia com as trabalhadoras da fábrica de tecidos, mas também para estimular o debate sobre a condição da mulher na sociedade, lutando para a elaboração de leis que garantam o direito da mulher na sociedade, num esforço de diminuir a desigualdade entre homens e mulheres, desvalorização e preconceito contra a mulher, como também a violência masculina.
As mulheres conquistaram grandes vitórias em termos de garantia de direitos, mas muito ainda precisa ser feito para que se possa alcançar um nível digno de conivência social.
Porém ter os direitos respeitados basta? Mesmo com leis instituídas ainda há situações no dia a dia que fazem parte da cultura, que "permite" com que haja a violência doméstica, assedio sexual, discriminação social e trabalhista, e outras formas de discriminação e preconceito.
Segundo previsão das Nações Unidas, “se tudo correr bem sem interrupções ou retrocessos nas nações onde às mudanças em termos de garantia e pratica dos direitos das mulheres já foram iniciadas, haverá igualdade entre homens e mulheres no ano de 2490”, previsão assustadora! Porem vemos que se no Brasil por exemplo a cada 15 segundos uma mulher é espancada (Fundação Perseu Abramo), dá para se ter uma idéia de que esta previsão está correta. Podemos afirmar diante desta situação, que é preciso haver ações consistentes para que este quadro de desigualdade mude no Brasil e no mundo
Salete E. Souza - Pedagoga e membro da Comissão de Direitos Humanos de Sarandi
Salete E. Souza - Pedagoga e membro da Comissão de Direitos Humanos de Sarandi
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